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Jorginho manda recado à diretoria da Lusa: “se perder muito jogador, perde o técnico”

Jorginho não quer um desmanche na Portuguesa para 2012. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Jorginho não quer um desmanche na Portuguesa para 2012
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

   Ouvir a palavra "reformulação" faz Jorginho franzir a testa. Responsável por montar o time que levou a Portuguesa ao título da Série B e à primeira divisão do Brasileiro, o técnico alega que só renovou com o time do Canindé por mais um ano devido à garantia da diretoria em reforçar o time - e não promover um desmanche. Caso a promessa seja quebrada, ele promete ir embora.

"Se perder muita gente, perde o treinador também. Fui bem claro nisso. Se não trouxer outras peças com a mesma qualidade ou melhor, não adianta, porque não jogo", comentou o treinador, que já viu o meia Marco Antônio, seu capitão, ser anunciado pelo Grêmio; o zagueiro Mateus partir para o Cruzeiro e teme perder o atacante Ananias.

"A reformulação não deveria ser muito grande. Espero que isso não aconteça, porque foi o que me colocaram. Caso contrário, o treinador também tem o direito de não ficar", completou o comandante.

Para assegurar o compromisso, Jorginho até assinou contrato - ele chegou ao clube no início deste ano e tinha somente um acordo verbal. Desta vez, o vínculo está no papel e terminará no final de 2012. A não ser que a diretoria não honre o que prometeu fazer em relação ao elenco.

"Dessa vez a direção quis e também pedi para ter contrato porque amanhã estarei saindo para outros clubes e as pessoas precisam se acostumar com isso. É um ano de contrato. Mas, se não cumprirem a promessa de melhorar a qualidade do amador, fazer o clube virar profissional, aí não é nem um ano", insistiu.

O técnico argumenta que seu pedido não é nem para ter condições de realizar um bom trabalho tanto no Campeonato Paulista quanto na Série A do Brasileiro, mas para fazer com que a Portuguesa cresça e volte a ser forte como em anos anteriores. Mesmo sem Jorginho, torcedor assumido da Portuguesa, no banco de reservas.

"Ali, ninguém olhou para seu umbigo, e sim pelo melhor para a Portuguesa. O que desejamos é fazer com que a equipe se enquadre no profissionalismo e fique entre as melhores equipes do País. Só dessa forma vai conseguir isso: cobrando e exigindo que isso aconteça", justificou.

    Gazeta Esportiva

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