Na final: Vasco vence Avaí em plena Ressacada e vai á final da Copa do Brasil

Cruz-Maltino constrói vantagem ainda no primeiro tempo em Florianópolis e volta à decisão da Copa do Brasil

Diego Souza comemora seu gol, o segundo do Vasco diante do Avaí

   Nem a Ressacada lotada, nem a pequena vantagem do adversário foram suficientes para frear o Vasco na noite desta quarta-feira, em Florianópolis. O Cruz-Maltino entrou em campo sentindo-se em casa e conseguiu a classificação para a final da Copa do Brasil ao derrotar o Avaí por 2 a 0. O placar foi construído ainda no primeiro tempo com um gol contra do zagueiro Revson no início. Diego Souza fechou o placar no final dos 45 minutos iniciais.

  Errando muitos passes, o Avaí não conseguiu chegar com muito perigo ao gol adversário. Com grandes atuações de Eder Luis e Alecsandro, o time visitante cumpriu com tranquilidade a lição de casa passada por Ricardo Gomes após a partida de ida: manter a posse de bola.

   O Vasco retorna à final da Copa do Brasil depois de cinco anos. Em 2006, os vascaínos chegaram à decisão contra o Flamengo e ficaram com o vice-campeonato. Na tentativa pelo título inédito e pela vaga na Copa Libertadores, o time carioca vai pegar o Coritiba, que eliminou o Ceará na outra semifinal.

MUITO SUPERIOR, VASCO ABRE 2 A 0

Como durante toda a temporada, o Vasco começou um jogo fora de casa muito à vontade. Mas nem o mais esperançoso torcedor imaginaria que o gol sairia tão cedo. Logo aos quatro minutos Felipe cobrou falta na área e o zagueiro Revson desviou contra o patrimônio. Àquela altura, qualquer vantagem construída pelo Avaí com o empate no jogo de ida estava desfeita.

     Mas o Cruz-Maltino não se acomodou com apenas um gol. Dois minutos depois do primeiro, Eder Luis quase ampliou. O camisa 7 recebeu assistência de Eduardo Costa e bateu forte pela direita para grande defesa de Renan.
Os visitantes pressionavam, mantinham a bola em seu campo de ataque. Já o Avaí, cometendo muitas faltas, errava muitos passes. O time catarinense só foi finalizar pela primeira vez aos 17. Após levantamento de Marquinhos, Julinho bateu cruzado pela esquerda, com perigo, e Fernando Prass defendeu com segurança.

   Despreocupado com o susto, apesar do crescente apoio da torcida avaiana, o Vasco manteve a posse de bola. Aos 27, Eder Luis recebeu mais uma vez em profundidade de Eduardo Costa e bateu cruzado e forte. O atacante Alecsandro foi mais rápido que a marcação e chegou finalizando, mas a bola acabou passando por cima do gol de Renan.

Impaciente, Silas tirou Acleison, que já tinha amarelo, e colocou o atacante Rafael Coelho para pressionar na frente. Porém, três minutos depois, mais pressão, com Eder soltando uma bomba de canhota de fora da área. O goleiro Renan, com maturidade de veterano, agarrou mais uma e a missão de manter o placar continuava.
Mas não por muito tempo. Aos 34, trama infalível dos três melhores jogadores do Vasco no primeiro tempo. De Alecsandro para Eder Luis, que devolveu. O camisa 9 pareceu trocar de número com Diego Souza e deu um passe típico de 10 para o meia que, como se fosse um centroavante, tocou por cima de Renan e embalou o trem-bala na comemoração do gol com os companheiros.

Pouco depois do segundo gol, a melhor chance do Avaí na primeira etapa. E novamente com o lateral-esquerdo Julinho. Após mais um chute cruzado, a bola explodiu no mesmo canto em que o jogador marcou no jogo de ida, no Rio.
A sorte estava do lado cruz-maltino e os jogadores continuaram mantendo a posse de bola rumo ao vestiário.

VASCO MANTÉM POSSE DE BOLA E SE CLASSIFICA

   O segundo tempo começou parecido com o primeiro. O Vasco não diminuiu o ritmo e o Avaí continuou errando passes. Logo aos 9, Diego Souza arrancou e terminou apenas em chute dentro da área. A bola acertou a trave de Renan.

O Avaí, com Estrada no lugar de Marquinhos Gabriel, mantinha as esperanças. Aos 11, o Vasco perdeu um de seus principais jogadores. Eder Luis sentiu a virilha direita e deixou o campo para a entrada de Bernardo.
Três minutos depois, nova bola na trave de Gigante da Colina, desta vez com Ramon após jogada individual. Passados 20 minutos, o Cruz-Maltino chegou à conclusão de que bastava segurar a posse de bola diante de um já desanimado Avaí.

  Marquinhos até tentou um suspiro final com um chute de fora da área que assustou Fernando Prass. Mas a bola passou caprichosamente pelo ângulo do camisa 1 vascaíno.
Com William e Rafael Coelho isolados na frente, faltou ao time catarinense o último passe. Afinal, o camisa 10 Marquinhos só foi percebido em campo pelo chute no lance anterior. No lado do Vasco, o técnico Ricardo Gomes foi deixando o tempo passar com substituições. Ramon saiu para a entrada de Márcio Careca e Felipe, deu lugar ao volante Jumar aos 37.

  Daí para frente os vascaínos apenas tocaram a bola para Diego Souza e Alecsandro se segurarem no ataque, à espera do final do jogo. Ainda deu tempo de Alecsandro ter um gol anulado duvidosamente após marcação de impedimento.
Mas a classificação já estava consumada e o atacante nem se preocupou em reclamar. O segundo tempo terminou da mesma forma que o primeiro. Com um Vasco tranquilo e classificado para a final da Copa do Brasil.

Lancepress