Roth põe fim a má fama, mas não se empolga: “futebol é assim”
Primeiro título do treinador não poderia ser melhor: Libertadores da América
Quando entrou na sala de entrevistas do Beira-Rio já como campeão da Libertadores, o técnico Celso Roth poderia rebater a fama de perdedor, disparar contra críticos e acusar clubes que o demitiram. Mas não. Aliviado, Roth evitou entrar em polêmicas e atribuiu às peculiaridades do futebol a demora de 20 anos para chegar ao primeiro título de expressão da carreira de treinador.
“O profissional tem que saber que as coisas no futebol são assim. Temos que ter persistência. Tivemos e agora somos campeões”, disse Roth após a partida no Beira-Rio. Com uma vitória de 3 a 2 sobre o Chivas, o Inter chegou ao bicampeonato da Libertadores.
À frente da equipe em apenas quatro dos 14 jogos, Roth é sem dúvida um dos grandes personagens da campanha colorada. Contratado após a demissão de Jorge Fossati, viu a oportunidade de enterrar de vez a fama de “treinador que não chega”, como ele mesmo admite. E conseguiu.
Até a noite desta quarta, 18 de agosto de 2010, os maiores títulos eram dois campeonatos gaúchos, uma Copa Sul e uma Copa Nordeste. O mais perto da Libertadores havia sido em 2001, quando à frente do Palmeiras foi eliminado pelo Boca Juniors nas semifinais. No ano passado, comandando o Grêmio, foi demitido ainda na primeira fase da competição, devido a derrotas em sequência para o Inter.
Mágoas com as demissões? Quase nenhuma. Roth não usou suas respostas para atacar ninguém. Usando um bordão tradicional, resumiu: o futebol é assim.
“A dimensão dos trabalhos feitos não era reconhecida. Não interessa o que se faz, só o fim. A vida é assim, o futebol é assim. A gente passa a vida competindo sempre. O que se faz no meio não interessa muito, infelizmente”, afirmou. Somente ao Grêmio, que o demitiu no ano passado ainda na fase inicial da Libertadores, Roth reservou uma alfinetada: “Estou emocionado com o Inter. Não relaciono uma coisa com a outra. Quem perdeu a oportunidade, perdeu. Quem aproveitou, ganhou. Estou muito feliz e é isso que importa”.
Trajetória errante
Gaúcho de Caxias do Sul, nascido a 30 de novembro de 1957, Celso Juarez Roth começou no futebol profissional como preparador físico em 1981, depois de uma curta tentativa como jogador do Juventude. O título de um torneio entre equipes do interior gaúcho, em 1996 pelo Caxias, o levou a ser contratado pelo Inter em 1997.
Alívio
Quem perdeu a oportunidade, perdeu. Quem aproveitou, ganhou. Estou feliz e é o que importa
Celso Roth, técnico campeão da Libertadores com o Internacional
Foi o primeiro bom trabalho de Roth. Campeão gaúcho, levou o Inter à fase semifinal do Campeonato Brasileiro. Ali começou a ‘sina’ que acompanharia o treinador até a noite desta quarta. Conhecido por arrumar equipes e salvá-las do rebaixamento, Roth também foi sendo identificado como “aquele que não chega”.
Foram cerca de 20 clubes que passaram pelas mãos de Roth. Em 2001, o então técnico do Palmeiras liderou o Brasileirão por 14 rodadas, mas não resistiu a uma série de maus resultados e foi demitido. Injustiçado, poucos atribuem a ele a montagem do time do santos campeão brasileiro de 2002. No Vasco, em 2007, também foi demitido após um começo de campeonato empolgante. No Grêmio, há dois anos, chegou a se distanciar 11 pontos do segundo colocado, mas sendo ultrapassado pelo São Paulo e ficou com o vice.
Ironia, demitido pelo Grêmio por apresentar risco de não chegar ao título da Libertadores em 2009, Roth foi contratado pelo Inter justamente na reta de chegada da competição. Organizou e motivou o time, como todos os jogadores admitiram, e levou o Inter ao bicampeonato.
Para Roth, coisas do futebol: “Aquelas coisas que diziam, que eu era o cara que nunca chegava. Agora acabou. Agora sou cara do tiro curto. E assim vai”.
COM CERTEZA FOI UM BELO TÍTULO,UMA BELA CAMPANHA,CONSTRUÍDA DURANTE O CERTAME E COM A AJUDA CRUCIAL DE FOSSATI:
ResponderExcluir"NÃO ESQUEÇAM DE FOSSATI"
ELE FOI QUEM ROEU O OSSO DE MAIS DE 50% DA COMPETIÇÃO E DEIXOU O INTER CLASSIFICADO PARA AS SEMIFINAIS.
O CELSO ROTHWEILLER SÓ DIRIGIU EM 4 JOGOS E O TIME JÁ ESTAVA ENTROSADO ,OS JOGADORES E FOSSATI TEM MUITO MAIS PESO E RESPONSABILIDADE QUE O ROTHWEILLER.
MESMO ASSIM ELE "TRIOU O PÉ DA LAMA".
TAMBÉM COM UM TIMAÇO DESSE NAS MÃOS!
OBS: NÃO SOU TORCEDOR DO INTERNACIONAL.
ABRAÇO