Rogério Lourenço: “Não há mal que dure pra sempre”
Técnico foi bastante hostilizado, mas procurou mostrar otimismo e exaltou a atuação de Diogo, que estreou e, segundo ele, deu exemplo de profissionalismo
Hostilizado pela torcida no Maracanã, o técnico Rogério Lourenço mais uma vez saiu em defesa da equipe, embora o problema da falta de gols continua a assombrá-lo. Os argumentos para defender o trabalho, e a própria permanência, também não mudam. Para o treinador, “não há mal que dure para sempre” e a evolução da equipe na criação e na defesa leva a crer, pelo menos na sua opinião, que dias melhores virão em breve.
“Realmente é um momento difícil para a equipe. A história se repete, o time dominou a partida toda, mesmo na questão tática. Eles jogaram o tempo inteiro atrás, tentando os contra-ataques com o Tardelli e o Diego Souza. As oportunidades apareceram, a bola não entrou. Tenho de exaltar a luta dos jogadores, mas infelizmente não vencemos”, disse Rogério, admitindo que a ansiedade pelos gols começa a atrapalhar em campo. “Não há mal que dure para sempre. É claro que existe uma ansiedade, mas acontecem coisas que não são normais. Essa ansiedade por gols nos fez, algumas vezes, ceder espaços”.
O técnico fez questão de exaltar o profissionalismo e a atuação do estreante Diogo, que foi aplaudido pela torcida. “O Diogo hoje acabou sendo um exemplo até pela questão física. Jogador tem de se cuidar, pois de repente aparece a oportunidade e não tem tempo para se preparar. A gente viu um jogador que chegou domingo, avião nas costas como a gente diz, fuso horário, fez um treino forte na terça, leve na quarta e jogou 80 minutos. Vejo um futuro muito grande para o Diogo. A grande alegria hoje foi a participação dele”.
Alegria que contrasta com o desgosto de ser xingado mesmo antes de fazer substituições. Apesar da pressão por sua demissão, Rogério diz estar tranqüilo e procura mostrar otimismo. “Se eu falar que é agradável, estarei mentindo, não é. Respeito o t torcedor, respeito vocês (jornalistas), todo mundo tem direito de opinar, protestar, mas a minha consciência está tranqüila. As pessoas que veem o dia a dia, observam que trabalho não falta. Estou tranqüilo porque as coisas vão acontecer. Não mudam da noite para o dia sem trabalho, mas está muito próximo. Não é uma equipe desequilibrada, que leva gol toda hora”.
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