Manchester vai parar, United e City podem ser campeões nesse sábado
Cidade promete parar se United e City conquistarem, respectivamente, a Liga Inglesa e a Copa da Inglaterra
Tévez e Rooney: títulos à vista
O futebol de Manchester pode viver uma tarde memorável. Neste sábado, às 8h45 (de Brasília), o United entra em campo precisando de apenas um empate para sagrar-se campeão inglês. Pouco mais de duas horas depois, é a vez do City tentar acabar com um jejum de 35 anos sem títulos e buscar, diante do Stoke, o caneco da Copa da Inglaterra.
É a primeira vez na História do futebol inglês que dois clubes da mesma cidade podem sair campeões num mesmo dia. Na temporada de 1967-1968, Manchester viveu um êxtase parecido. Enquanto os Diabos Vermelhos conquistaram a primeira Liga dos Campeões, os Citizens levaram pela última vez a Liga Inglesa.
Lá se vão 43 anos. E o destino encarregou-se de separar os dois rivais. Enquanto o United cresceu, tornou-se uma potência mundial, revelou craques e enriqueceu a sala da troféus, sobretudo nos anos 90, o City venceu uma Copa da Inglaterra (69), uma Copa da Liga (76) e viveu anos de ostracismo. Pior do que isso: cavou a própria cova ao chegar à Terceira Divisão.
A reestruturação do clube passou por mãos estrangeiras. A era rica começou quando o City foi comprado pelo ex-primeiro-ministro da Tailândia Thaksin Shinawatra, durante a década passada.
Recentemente, é o xeque Sulaiman Al-Fahim o responsável por injetar milhões de libras e movimentar o mercado.
A cartilha do
novo dono só contém um verbo: gastar.
Mesmo no apogeu financeiro, o City conseguiu chegar à Liga dos Campeões apenas nesta temporada. O título da Copa da Inglaterra seria apenas a cereja do bolo.
Receita do Manchester é a manutenção da base:
A glória do Manchester United não se resume ao título que pode ser conquistado neste sábado. Os Diabos Vermelhos estão a um ponto de
confirmarem a hegemonia na Terra da Rainha, aumentando para 19 canecos a coleção de títulos ingleses, contra 18 do Liverpool.
Sem ter cometido as mesmas extravagâncias financeiras do arquirrival, o Manchester United aproveitou a base do ano passado e
foi buscar nomes desconhecidos no Velho Continente. A receita deu certo e a equipe briga em duas frentes para terminar a temporada com pelo menos um título.
Se o rival já chegou a gastar 40 milhões de libras (92 milhões de reais) na contratação do brasileiro Robinho, os Diabos Vermelhos conseguem, na mesma posição, tirar Chicharito, do Chivas, por 6,6 milhões de libras (R$ 15 milhões). O mexicano é um dos destaques no esquema de Alex Ferguson.
– Estou muito contente por ter chegado a esse acordo com o Chivas para trazer um jovem talento tão empolgante, que está em excelente forma tanto por seu clube como pela seleção do México – afirmou o treinador do United.
Se o City é o clube mais rico do mundo, o Manchester United está bem à frente em termos de receita com o marketing. Se os Citizens têm as libras, os Diabos Vermelhos apostam na tradição e na História.
Duas diretrizes que deixam a rivalidade histórica ainda maior e esquentam as conversas nos pubs de Manchester.
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