Corinthians atropela Emelec, e volta às quartas da Libertadores 2012
Depois de 12 anos, o Corinthians está entre os oito melhores times da Libertadores da América. Após uma série de traumáticas eliminações, o time paulista venceu o Emelec no Pacaembu por 3 a 0 para superar a barreira das oitavas de final, se manter vivo no principal torneio do continente e seguir em busca do grande título que ainda não foi conquistado pelo clube do Parque São Jorge.
Nas oito participações anteriores na competição, o Corinthians havia parado nas oitavas de final por quatro vezes: 1991, 2003, 2006 e 2010. Agora, o time comandado pelo técnico Tite enfrentao Vasco por um lugar na semifinal, melhor fase já alcançada pelo clube, em 2000. O primeiro jogo acontece fora de casa, já que o time paulista tem melhor campanha na primeira fase e decidirá no Pacaembu.
O Corinthians começou em cima do rival do Equador e marcou logo aos sete minutos de jogo, com Fábio Santos. O lateral-esquerdo invadiu a área, contou com a sorte para ficar com duas bolas divididas com os zagueiros e tocou na saída do goleiro, para alívio da torcida que compareceu ao Pacaembu.
Depois, o time brasileiro ainda criou boas chances, principalmente com Paulinho, que acertou uma bola na trave. O Emelec até que apareceu no ataque, sem muita qualidade técnica, é verdade, mas conseguiu cruzar algumas bolas na área de Cássio. E no segundo tempo, com o jogo nervoso e o Emelec comaçando a se arriscar no ataque, Chicão bateu falta e Paulinho desviou de cabeça para fazer o segundo. No fim, em rápido contra-ataque, Danilo serviu Alex, que fez o terceiro para matar o jogo e garantir a classificação corintiana.
Fábio Santos, à direita, e Paulinho, centro, marcaram gols na vitória
Crédito da imagem: Agência Estado
O Jogo
Se placar não saiu do zero na partida de ida, o time brasileiro precisou só de sete minutos para vazar a meta de Dreer no Pacaembu. Alex, que ocupava a vaga do suspenso Jorge Henrique (expulso no primeiro confronto), fez um longo lançamento do campo de defesa em direção à ponta esquerda e encontrou Emerson, que disparou e atrasou para o meio da área. A bola chegou a Fábio Santos, o lateral disputou com a marcação e tocou na saída do goleiro.
O Corinthians ameaçou o arqueiro do Emelec em outras três oportunidades antes do intervalo. Na primeira delas, o volante Paulinho, sempre homem-surpresa, acertou uma pancada de fora da área e o fez espalmar para escanteio. Depois, foi a vez de Willian surpreender ao invadir a área em velocidade e desviar, por cima da meta, um cruzamento de Emerson. Por fim, Dreer ainda observou Paulinho acertar cabeceio na trave.
Apesar do claro domínio, os mandantes também tomaram breves sustos na etapa inicial. Estreando novo conjunto de uniformes, todo amarelo, o goleiro Cássio viu o atacante Figueroa receber na meia-lua da grande área e, de primeira, chutar para fora. O camisa 24 corintiano também quase foi surpreendido por chute da ponta esquerda por estar adiantado dentro da área. No mais, até aí, o novo dono da posição, que fez seu segundo jogo como substituto de Julio Cesar, mal trabalhou.
Foi no comecinho do segundo tempo que Cássio realmente teve que se esforçar. Logo aos dois minutos, Chicão cometeu falta em Figueroa na altura da meia-lua e cedeu talvez a melhor chance do Emelec em todo o jogo. Giménez rolou para Valencia, que soltou o pé e fez o goleiro pular ao canto direito para evitar o empate. Mais tarde, graças à rápida recuperação da defesa em contragolpe equatoriano, Figueroa teve chute travado.
Como o ataque do Corinthians pouco oferecia perigo com Emerson e Willian, a torcida passou a gritar o nome de Liedson, atacante que deixou o time depois da eliminação no Paulista para readquirir melhor condição física. Nesse meio tempo, aos 19 minutos, saiu o segundo gol alvinegro. Chicão cobrou falta da intermediária, Paulinho subiu de cabeça e mandou a bola no canto esquerdo baixo de Dreer, para muita festa do banco de reservas, em que Liedson esperou mais sete minutos até substituir o bastante apagado nesta noite Willian.
O tiro de misericórdia saiu dos pés de Alex. Aos 40 minutos, o time da casa engatou veloz contra-ataque e deixou o meia em ótima situação, à frente de Dreer. Ele bateu firme e anotou o terceiro gol corintiano, tranquilizando de vez a fiel torcida, que gritou olé em alto e bom som.
A sequência até o apito final foi tranquila. Precisando do empate, o Emelec não abdicou do ataque, mas também não apresentou melhora nenhuma que justificasse no mínimo um gol de honra - os equatorianos até balançaram a rede, só que a arbitragem o invalidou por impedimento.
ESPN
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