No retorno à Vila Belmiro, Santos vence Atlético-MG e se reabilita
Depois de longo período sem atuar no 'caldeirão', Peixe bate rival por 2 a 1 e sobe na tabela
Mesmo sem astros, Santos contou com o 'brilho' de Danilo para bater o Galo
Depois de 41 dias, o santista da Baixada pôde, enfim, matar as saudades. A volta do Peixe à Vila Belmiro, pela primeira vez como Tricampeão da América, não poderia ser de outra forma que não com vitória. Com gols de Danilo e Borges, de pênalti, o Santos bateu o Atlético-MG por 2 a 1 e se afastou da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
Jônatas Obina, também de pênalti, descontou para o Galo. O Santos, assim, se recupera da goleada sofrida diante do rival Palmeiras, no último fim de semana. Agora, a equipe de Muricy Ramalho soma 11 pontos e sobe à 13ª colocação, deixando para trás o rival deste sábado, o Atlético, no critério de saldo de gols (o time paulista tem -1 de saldo, contra -5 dos mineiros).
Já o Galo, que antes de bater o América-MG na semana passada havia sido goleado três vezes seguidas (contra Flamengo, Internacional e Ceará), mantém 11 pontos, mas perde duas posições. Agora, é o 15º.
O confronto deste sábado colocou frente a frente os "pais" do Tricampeonato da Libertadores, uma vez que Dorival Júnior, hoje técnico do Galo, era o comandante da equipe santista que faturou os títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil de 2010, formando, assim, a base vitoriosa que conquistou a América.
VOLTA FELIZ
Foram mais de quarenta dias longe de casa, muito em função da fase decisiva da Copa Santander Libertadores, ocasião em que o Peixe mandou a maioria de seus jogos no Pacaembu. O santista da Baixada já não aguentava mais esperar. A volta para casa poderia ser a chance reconciliar a torcida na cidade de Santos e o time, principalmente depois da má sequência de resultados após a conquista do Tri.
Em campo, a principal dificuldade era encarar um Galo mordido, motivado para vencer após a vitória no clássico sobre o América-MG. O ex-treinador do Santos, Dorival Júnior, apostava no setor de criação. Daniel Carvalho e Caio eram os homens responsáveis por municiar Jônatas Obina.
A ausência de Ganso, servindo a Seleção, fez Muricy Ramalho promover a entrada de Felipe Anderson no lugar de Rychely, titular na derrota para o Plameiras no clássico do último fim de semna. Mas o garoto, formado na base da Vila, não mudou o panorama alvinegro. O Peixe não tinha muita inspiração para assustar o Atlético, ao menos durante os primeiros vinte minutos de partida.
Já o Galo tinha mais artifícios. Daniel Carvalho, aos 12, deixou Jônatas Obina na cara do gol. O atacante errou a finalização, mas o auxiliar já marcava - erroneamente - o impedimento.
Diante da dificuldade para trocar passes próximo à área do Atlético, a alternativa era contar com algum lampejo dos Meninos da Vila. E sem Neymar, Ganso e Elano, a incumbência de brilhar ficou para Danilo. O volante marcou um golaço aos 23 minutos: cortou para o meio e soltou uma bomba com o pé direito. Giovanni nem se mexeu.
Só que a alegria do santista foi rápida e durou alguns minutos. Na sequência, o Galo chegou com tudo, Magno Alves dividiu com Bruno Rodrigo na área e caiu. O árbitro Arilson Bispo da Anunciação marcou pênalti e Jônatas Obina não perdoou. Era o empate do Galo na Vila.
Mas o Santos chegou ao gol de desempate de forma idêntica ao tento mineiro. O zagueiro Bruno Aguiar se aventurou no ataque e foi derrubado por Réver dentro da área. O árbitro, novamente, não teve dúvidas e apontou a marca da cal. Borges não hesitou e mandou no canto direito de Giovanni, sem chances para o goleiro atleticano.
PEIXE ACUADO
No intervalo, o Peixe pareceu mais ligado, mas apenas por um instante. Tiago Alves substituiu Diogo, que teve mal estar no vestiário, e colocou fogo na partida logo a 4 minutos. O camisa 18 passou pela marcação e testou Giovanni, que fez boa defesa.
A partir daí, o Santos não tomou mais a iniciativa e deixou o Atlético jogar. Aos 15, Durval assustou os mais de quatro mil torcedores presentes na Vila cabeceando contra o próprio gol. A sorte do Peixe é que o travessão evitou o que seria o empate mineiro.
Mesmo atrás do placar, o Atlético era muito mais incisivo. Aos 24, Magno Alves cruzou na área, Jônatas Obina não alcançou e os jogadores do Galo acusaram pênalti no atacante da equipe mineira.
Jônatas Obina, aos 34, e Giovanni Augusto, aos 35, chegaram perto, mas não alteraram o placar. O Atlético-MG mantinha a pegada: troca de passes no campo de ataque e sufoco no time da casa. Aos 45, Serginho cobrou falta por cima do gol de Rafael.
O segundo tempo a 20 km/h por o reflexo do desinteresse do Peixe, que se defendeu muito para levar os três pontos sem sofrer riscos.
Agora, o Santos só volta à campo na 12ª rodada, quando recebe o Flamengo na Vila Belmiro. O duelo com o Grêmio, originalmente marcado para a próxima quarta-feira, no estádio Olímpico, foi adiado para o dia 5 de outubro, à pedido do Peixe. Já o Atlético-MG disputa a 11ª rodada normalmente: encara o Vasco em Ipatinga.
Lancepress
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