África do Sul bate Colômbia em amistoso na estreia do Soccer City
Principal palco da Copa, é estreado com um amistoso entre sul-africanos e colombianos e, para a festa da torcida que, deu show, a vitória foi dos anfitriões
A África do Sul estreou nesta quinta-feira no Soccer City, o principal estádio da Copa do Mundo, em amistoso contra a Colômbia. O final foi como todo sul-africano sonha para o dia 11 de junho, quando os Bafana Bafana enfrentarão o México na abertura do Mundial: vitória (2 a 1), os ídolos Pienaar e McCarthy em campo, bela festa nas arquibancadas lotadas e as vuvuzelas fazendo barulho com a “disciplina” pedida pelo Comitê Organizador.
Mphela disputa a bola contra um jogador da Colômbia no amistoso desta quinta-feira (Foto: Reuters)
Os três gols da partida foram de pênalti. Modise e Moreno marcaram no empate de 1 a 1 do primeiro tempo, e Mphela garantiu a vitória dos anfitriões na etapa final. Esta foi a nona partida consecutiva sem perder do time de Carlos Alberto Parreira antes da Copa, em casa.
Pienaar e McCarthy, que atuam no futebol inglês, começaram no banco e entraram no segundo tempo, para delírio dos quase 80 mil presentes. Torcida que se comportou da maneira pedida por Danny Jordaan, diretor-executivo do Comitê Organizador. De manhã, ele reclamou que os estádios do país são muito barulhentos e que os torcedores deveriam fazer silêncio pelo menos na hora dos hinos. E, pela primeira vez desde que foi inaugurado, o Soccer City se calou por um instante: no hino da Colômbia, com direito a aplausos no final. Em seguida, o estádio todo cantou o da África do Sul. As vuvuzelas depois voltaram com força total, podendo ser ouvidas a um quilômetro de distância do estádio.
Os Bafana Bafana ainda farão mais dois amistosos antes da Copa do Mundo. Na próxima segunda, a seleção de Parreira encara a Guatemala, em Polokwane. Depois, dia 5 de junho, pega a Dinamarca, em Pretória. Nesta quinta, antes mesmo de o inverno começar, a temperatura à noite em Joanesburgo chegou a 10 graus.
Após a estreia no Mundial contra o México no Soccer City, dia 11 de junho, os sul-africanos enfrentarão o Uruguai (16, em Pretória) e a França (22, em Bloemfontein), pelo Grupo A. Fora da Copa, a Colômbia contou com o lateral-esquerdo Armero, do Palmeiras, como titular.
Dois gols de pênalti em 20 minutos
Aos oito minutos, Tshabalala teve a primeira chance da África do Sul, mas cobrou falta para fora. Um minuto depois, a Colômbia quase marcou com dois chutes de Martinez: o primeiro defendido por Khune, e o segundo para a fora. O goleiro sul-africano levou a pior na jogada e ficou dois minutos caído. O reserva Josephs chegou a ir para o aquecimento, mas Khone se recuperou e continuou na partida.
África do Sul venceu a Colômbia nesta quinta
(Foto: Thiago Dias/Globoesporte.com)
Empurrados pelas vuvuzelas, os Bafana Bafana conseguiram um pênalti aos 15 minutos, após um zagueiro cortar a bola com a mão. Modise cobrou, e Ospina defendeu. Enquanto os colombianos comemoravam, o bandeirinha acusou que o goleiro se adiantou. Nova cobrança: dessa vez, o camisa 11 sul-africano bateu bem, no canto esquerdo de Ospina e marcou 1 a 0 para os donos da casa, aos 17.
Dois minutos depois, a resposta colombiana. Ramos arrancou em bom contra-ataque, driblou Khune e foi derrubado pelo goleiro na área. Pênalti. Moreno cobrou e empatou, aos 20.
O time de Parreira tinha mais controle da bola, mas chutava pouco ao gol. Já a Colômbia assustava os Bafana em contra-ataques, quase sempre perigosos. Aos 24, Letsholonyane arriscou de fora da área, mas a bola passou raspando a trave de Ospina. Aos 35, Mokoena derrubou Ramos na entrada da área. Valencia bateu forte, e a bola saiu muito perto do gol de Khune. Nos acréscimos, Martinez teve grande chance para virar: o camisa 9 colombiano entrou na área driblando os rivais e chutou para bela defesa do goleiro sul-africano.
Pênalti duvidoso logo no começo e gol
Parreira voltou para o segundo tempo com a estrela Pienaar em campo. Só de ver o jogador do Everton no aquecimento pelo telão, a torcida já vibrava. O goleiro Khune também saiu, para a entrada de Josephs.
Assim como no primeiro tempo, os Bafana marcaram de pênalti. Mphela fez boa jogada pela esquerda e rolou na área para Tshabalala, que caiu em disputa com Valencia, na hora em que ia bater para o gol, cara a cara com Ospina. Lance duvidoso. Aos 15, Mphela cobrou no canto direito e fez 2 a 1 para os sul-africanos.
Aos 22, Parreira completou a festa para a torcida: Moriri saiu, e o polêmico Benni McCarthy, maior ídolo do futebol sul-africano e que se apresentou acima do peso, entrou em campo ao som ensurdecedor das vuvuzelas.
Com risco de não entrar na lista final de 23 jogadores de Parreira para a Copa (divulgada no dia 1o. de junho), McCarthy pouco tocou na bola. Já Pienaar honrou a camisa 10 e melhorou a qualidade do passe dos Bafana.
Nos minutos finais, a Colômbia ainda tentou estragar a festa sul-africana e teve boas chances, mas parou nas mãos do novo goleiro. Quando o jogo acabou, nenhuma novidade: o barulho ensurdecedor de sempre nas arquibancadas das vuvuzelas. Silêncio? Só na hora do hino.
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