No espírito da Copa, África do Sul enfim vence e empolga torcedores
Time de Parreira joga bem e goleia a Tailândia às vésperas da Copa do Mundo
Se a África do Sul estava devendo uma boa apresentação para seus torcedores, essa dívida não existe mais, às vésperas da Copa do Mundo, o país anfitrião finalmente jogou um futebol convincente e entrou de vez no clima de Copa do Mundo, a torcida compareceu em massa, o jogo parecia final e, quem pagou o pato, foi a Tailândia, 4 a 0 para os Bafana bafana, respeito mais do que garantido e, muitos aplausos dos torcedores ao fim do jogo.
Mesmo sem seus dois principais jogadores (o meia Pienaar, que ainda não se apresentou, e o atacante Benni McCarthy, fora de forma) a África do Sul teve total domínio do jogo. Errou poucos passes e trocou a bola com paciência, como pede o técnico Carlos Alberto Parreira. Com isso chegou com facilidade à área dos asiáticos.
Mas organização e luta não significam talento, como lembrou o atacante Mphela aos 14 minutos, ao dar uma furada constrangedora de frente pro gol. Nos primeiros 20 minutos os anfitriões demonstraram a velha incompetência na finalização. Até que aos 21 o juiz viu falta tailandesa em desarme limpo próximo à área. Tshabalala ajeitou com carinho e jogou no canto esquerdo. A bola nem saiu com tanta força, mas entrou. África do Sul 1 a 0.
Tshabalala, o melhor em campo, foi também quem começou a jogada do segundo gol. Acertou belo chute da entrada da área e conseguiu o escanteio. Ele mesmo cobrou no segundo pau e Mphela empurrou para o gol: 2 a 0.
Parreira escalou o time com a mesma formação que pretende usar na Copa - três meias velozes e um centroavante. Dessa forma foram várias oportunidades de gol. O terceiro, aliás, foi um golaço, que começou com o meia Modise, passou pelo calcanhar de Tshabalala, voltou para Modise, dele para Mphela, na entrada da área, e daí para a rede: 3 a 0.
Os sul-africanos mantiveram o domínio na etapa final e quase fizeram o quarto, em uma grande triangulação na área que terminou na defesa do goleiro. A Tailândia só conseguiu assustar aos 20 do segundo tempo, em cobrança de falta de Sutu espalmada pelo goleiro Khune. Mas em uma hora e meia de futebol não conseguiu entrar com a bola dominada na área sul-africana sequer uma vez. Já a outra área parecia trem em Soweto, sempre cheia. Aos 40 quase saiu mais um, em outra troca de passes inspirada que terminou em gol anulado por impedimento. O 4 a 0 veio nos acréscimos, quando Parker arrancou com liberdade e fuzilou o goleiro.
O placar foi bonito, encheu a torcida de confiança, mas lembremos, pela última vez, que do outro lado estava a Tailândia. A África do Sul segue com deficiências que a colocam, em tese, como a quarta força do grupo A do Mundial. Nem há mais tempo para resolver a maioria delas. Mas neste domingo, mostrou exatamente aquilo que pode fazê-la perigosa - muita força na arquibancada e alma em campo. Sob o som ininterrupto das vuvuzelas, viveu um dia de Copa do Mundo, e em jogos decisivos isto costuma ser um bom começo.
Ass.: Cido Portal: Fut-Interativo
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