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Em dia de festa para Ronaldo, Brasil vence a Romênia por 1 a 0, mas sai novamente vaiado de campo

   A noite era de festa para Ronaldo e foi isso o que se viu no Pacaembu. A noite era de testes para Mano Menezes, e o treinador mexeu na equipe, dando chances aos reservas. A noite seria de recuperação para uma seleção brasileira vaiada no sábado, em Goiânia. Mas, nem diante de uma Romênia cheia de desfalques, a equipe verde e amarela conseguiu deslanchar. O 1 a 0 valeu pelo primeiro tempo, antes e depois da entrada do camisa 9.

  Mas a seleção deixa o Brasil rumo à Copa América sob desconfiança da torcida. A mesma torcida que aplaudiu Ronaldo, vaiou, cobrou, gritou 'olé' para uma troca de bola dos romenos na segunda etapa. Foi o fim melancólico para uma atuação que começou empolgante.

A seleção brasileira dominou os primeiros minutos de jogo. Enquanto Ronaldo não entrava em campo para dizer adeus, o camisa 9 servia de inspiração para seus companheiros. Neymar, alternando-se na direita e na esquerda, arrancava como o Ronaldo do início de carreira, Jádson mostrava precisão nos passes no meio-campo, servindo os companheiros como o Ronaldo do Corinthians. E Fred superou as vaias da torcida para fazer um gol de oportunismo, na pequena área. À la Ronaldo.

  Foi assim, como se tivesse Ronaldos multiplicados em campo, que a seleção criou suas melhores chances até os 30 minutos, enquanto esperava seu camisa 9. No dia do maior atacante brasileiro nos últimos anos, o primeiro a atacar foi, por ironia, um zagueiro. Após cobrança de escanteio feita por Neymar, o capitão arriscou um voleio que parou nas mãos do goleiro Tatarusanu.

  Neymar, apontado como Ronaldo como seu sucessor como referência na seleção brasileira, era a principal arma ofensiva da equipe. E, nesta terça-feira, ele encontrou em Jádson um bom companheiro. O camisa 10 encontrou Neymar duas vezes livre: na primeira, pela esquerda, a bola parou na defesa. Na segunda, o santista fez um belo drible, mas a bola subiu demais na conclusão.

Ronaldo teve a chance de marcar na despedida

Ronaldo teve a chance de marcar na despedida
Crédito da imagem: Reuters

    Aos 21 minutos, Neymar mudou de papel. Em vez de concluir, resolver servir. E foi com um passe do atacante santista que Fred concluiu para o gol, de dentro da pequena área, para abrir o placar no Pacaembu. Na comemoração, o tradicional dedo indicado balançando. Marca de Ronaldo.
O placar apontava 1 a 0, a seleção jogava bem, mas a torcida só tinha olhos para Ronaldo. Aos 30 minutos, quando o camisa 9 substituiu Fred, o Pacaembu explodiu em festa. Era hora de dar adeus.
Em 15 minutos, Ronaldo tocou oito vezes na bola. Três delas, em claras chances de gol. A primeira, após cruzamento de Neymar, parou em uma defesa improvável do goleiro Tatarusanu, que pegou no reflexo. A segunda, depois de passe de Robinho, terminou em um chute alto, muito acima do gol. A terceira, dando sequência a mais uma bola tocada por Neymar, parou novamente no arqueiro romeno.

   No intervalo, Ronaldo foi homenageado e pediu desculpas pelos gols perdidos. O atacante foi ovacionado pelos mais de 30 mil torcedores no Pacaembu durante a volta olímpica. A seu lado, crianças carregavam 15 bandeiras, comemorativas aos gols do atacante em Copas - ele é o maior artilheiro dos Mundiais.
Para a segunda etapa, Nilmar entrou no lugar de Ronaldo. E, ao final da festa, o clima foi mesmo de fim de festa, Depois de imprimir um ritmo acelerado na primeira etapa, a equipe diminuiu o ritmo. Neymar, que deu um susto ao deixar o campo no fim do primeiro tempo, passou a se movimentar menos, e Jádson já não acertava passes como no primeiro tempo.

  Sem a mesma presença ofensiva, a seleção passou a ser alvo da torcida. Primeiro, como no 0 a 0 com a Holanda, foram os gritos pedindo pela entrada de Lucas; depois, o nome de Ronaldo foi ouvido. E, quando saiu para dar lugar a Lucas, Robinho foi castigado com uma sonora vaia.

  Nos minutos seguintes, a impaciência aumentou. O time foi vaiado novamente, e Ronaldo teve seu nome gritado pela torcida mais uma vez. Para completar o anticlímax, teve até grito de 'Olé' para uma troca de bolas da seleção da Romênia. Foi a trilha sonora para o público começar a deixar o estádio - feliz por ter visto o adeus de Ronaldo, mas triste por não ver uma seleção que não lembrou os grandes momentos da equipe na história recente. Momentos em que Ronaldo, quase sempre, esteve presente.

ESPN.com.br

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