Boca Juniors: Uma história de 107 anos repleta de glórias
Algoz de brasileiros na Libertadores completa 107 anos e pode dar continuidade à série de eliminações em 2012
Ídolo do Boca Juniors, Riquelme é responsável por três títulos da Libertadores (EFE)
Há 107 anos era fundado em Buenos Aires, na Argentina, o Club Atlético Boca Juniors. Conhecido como “matador de brasileiros”, o time argentino tem uma história recheada de glórias, com dezenas de títulos importantes - dentre eles o hexacampeonato da Libertadores e o tricampeonato do Mundial de clubes. Além disso, grandes jogadores que marcaram época pela seleção argentina já vestiram as cores do time. O maior exemplo de todos é o craque Diego Armando Maradona.
O Boca também é dono de um dos mais tradicionais e emblemáticos estádios do futebol mundial, La Bombonera. Todos jogadores que já passaram pelo caldeirão argentino, seja a favor ou contra o Boca Juniors, afirmam que a atmosfera criada pela torcida dentro do estádio é diferente de tudo que já viram no futebol. É um daqueles lugares onde os torcedores realmente contam como o 12º jogador do time da casa, apoiando, incentivando e cantando durante os 90 minutos em que a bola rola no gramado.
A história do clube é curiosa. O tradicional azul e amarelo do uniforme só foi adotado em 1907, dois anos após a sua fundação, por causa de um navio sueco ancorado no cais de Buenos Aires. Antes disso, as camisas do Boca já haviam sido azul celeste e preto e branco – este último, inclusive, é utilizado como uniforme alternativo nos últimos anos.
Matador de brasileiros
A fama que o time possui de carrasco de clubes brasileiros em competições do tipo “mata-mata” não é à toa. Até hoje, a torcida xeneize já comemorou mais de 10 eliminações de times tupiniquins em competições continentais.
A primeira vitória marcante dos argentinos foi na final da Libertadores de 1977, ano de seu primeiro título da competição. A vítima foi o Cruzeiro, adversário à altura na decisão. Depois de perder na Argentina por 1 a 0, o time mineiro venceu pelo mesmo placar em Belo Horizonte. Porém, no jogo desempate disputado em Montevidéu, no Uruguai, o Boca venceu a disputa por pênaltis, após o jogo terminar empatado em 0 a 0.
Palmeirenses devem se lembrar bem, porém sem grandes alegrias, das duas vezes que caiu nos pênaltis diante do Boca Juniors, nas Libertadores de 2000 e 2001. A primeira talvez tenha sido a mais traumática, já que mesmo apoiado por cerca de 75 mil torcedores no Morumbi, o Palmeiras deixou escapar o sonho do bicampeonato da competição.
Em 2003, foi a vez do Santos dos meninos da vila, Diego e Robinho, sentirem o gosto de uma derrota para os xeneizes. O Peixe, que havia sido campeão Brasileiro no ano anterior, não conseguiu fazer frente ao Boca de Carlitos Tévez e acabou derrotado por 2 a 0 na Bombonera e por 3 a 1 no Morumbi.
Recentemente, gremistas também sentiram na pele o que é enfrentar o Boca Juniors em uma final de Libertadores.Em 2007, o Grêmio comandado pelo atual técnico da seleção brasileira Mano Menezes não foi páreo para Riquelme, Palermo e companhia, perdendo tanto na Bombonera (3 a 0) como no Olímpico (2 a 0).
Porém, alguns times brasileiros também já conseguiram o feito de eliminar os argentinos ou vencer partidas históricas. A vitória por 1 a 0 do Paysandu sobre o Boca em plena La Bombonera, em 2001, e os 6 a 1 aplicados pelo Palmeiras, em 1994, no Palestra Itália, ambos durante a fase de grupos da Libertadores, são desses jogos marcantes em que os brasileiros levaram a melhor.
Além disso, um dos confrontos mais emblemáticos é a lendária final da Libertadores de 1963, quando o Santos de Pelé e Coutinho faturou o bicampeonato da competição. Também pode se contabilizar a favor do Brasil a semifinal do torneio em 2008, quando o Fluminense contrariou os prognósticos e despachou os argentinos em um jogo histórico para a torcida Tricolor.
O Flu parece ter aprendido a fórmula para derrotar os argentinos, já que neste ano já os venceu na Argentina por 2 a 1, em jogo válido pela segunda rodada do grupo 4 da Libertadores.
Ídolos xeneizes
Sem dúvidas o maior jogador que já vestiu o azul e amarelo do Boca Juniors foi Don Diego Maradona. Porém, como só disputou 47 partidas em suas duas passagens pelo time, conquistou apenas um título com a 10 xeneize: o campeonato argentino de 1981.
Do final dos anos 1990 para cá, no entanto, o clube produziu aquele que talvez tenha se tornado o maior ídolo de toda a história boquense: o meia Juan Román Riquelme. O atual camisa 10 da equipe participou da conquista do Campeonato Argentino de 1999 e é o principal responsável pelos títulos de 2000, 2001 e 2007 da Libertadores.
A gratidão e reverência por Riquelme é tanta que na hora em que o time entra em campo, recebe tratamento especial da torcida. O craque é o último a aparecer no gramado e o volume das arquibancadas da La Bombonera aumenta consideravelmente na hora de saudá-lo.
Além de Maradona e Riquelme, Gabriel Batistuta, Claudio Caniggia, Carlos Tévez, Óscar Cordoba, o técnico Carlos Bianchi, dentre outros, também figuram entre o estrelado time de ídolos do Boca Juniors.
Principais conquistas
Tricampeão Mundial Interclubes
Hexacampeão da Libertadores
Trinta vezes campeão Argentino
Bicampeão da Copa Sul-Americana
Tetracampeão da Recopa Sul-Americana
FOX Sports
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