Quem dança por último leva a melhor

Em plena Vila, Palmeiras vence Santos e ainda sonha

Num clássico eletrizante, Verdão vira contra o Peixe e se fortifica para buscar uma vaga nas semifinais. Destaque para Robert, que marcou três vezes

  Uma vitória em um clássico dá uma moral gigante para o vencedor, era isso que o Palmeiras precisava para arrancar nessa reta final do Paulistão e, para quem sabe alcançar o tão almejado G4. Para a sorte do alviverde isso se fez.

    Na Vila Belmiro Santos e Palmeiras fizeram um clássico memorável e eletrizante, chuva de gols, expulsões e muitas dancinhas nas comemorações dos gols. No fim das contas melhor para o Palmeiras que, depois de estar perdendo por 2 a 0, foi em busca do marcador e acabou vencendo por 4 a 3. Com a vitória o Palmeiras continua sonhando e, ganha uma moral extrema para ainda sonhar com uma semifinal. O Verdão chega aos 22 pontos e sobe para 7ª posição, no momento quatro pontos separam o time do G4. Já o Peixe, com a derrota do Santo André para o Corinthians sem mantém absoluto na ponta com 32 pontos, e esta foi a primeira derrota do Santos na Vila e, a segunda na temporada.

Veja os gols desse clássico memorável:


    O clássico na Vila honrou o nome do estádio, no Urbano Caldeira, a partida pegou fogo, o Peixe sensação desse início de temporada vinha embalado, após golear historicamente o Naviraiense na Copa do Brasil por 10 a 0 a equipe da Baixada esperava se tornar o “rei dos clássicos”. De outro lado, um Palmeiras que tem muitas dificuldades de dar sequência no campeonato e, classificava o jogo de hoje como uma “decisão”, para poder sonhar com o G4. Em campo, Ewerthon e Lincoln fizeram sua estreia pelo Palmeiras.

Peixe joga fácil e abre 2 a 0 no Palmeiras, mas Verdão vai atrás do prejuízo
   O Santos começou o jogo no ritmo de sempre, com muita velocidade a equipe da Baixada imprimia seu volume de jogo e obrigava o Palmeiras a se redobrar na marcação, logo cedo o Peixe abriu o placar na Vila, após uma descida rápida pela esquerda, o lateral Pará limpou  a marcação e na tentativa de cruzar mandou por cobertura marcando um lindo gol.

    Embalado o Santos veio com tudo, o Palmeiras mesmo com dois atacantes, Robert e Ewerthon, que fez sua estreia pelo alviverde, não conseguia atacar e era sucumbido pelo time da casa, e não demorou muito e o Peixe já fez o segundo, em outra jogada rápida, Neymar ficou na cara de Marcos e tocou por cima do arqueiro. 2 a 0 Peixe. Na comemoração os jogadores do Peixe dançaram Macarena.

    O  Palmeiras sentiu o gol e, nitidamente estava nervoso em campo, mas sabendo que para poder reagir precisava se acalmar, o Verdão foi se controlando e, a prova disso foi a reação dos visitantes, em dois cochilos do Peixe, o Verdão se aproveitou, primeiramente Cleiton Xavier cobrou falta e Robert se livrou bem da zaga, descontando para o Verdão. E o time de Zago não estava morto, em vacilada da zaga, Robert, criticado na segunda virou heroi, Diego Souza deu belo passe de letra para Armero, o lateral cruzou na medida para Robert marcar o segundo do Verdão. Em contra resposta na comemoração, o lateral Colombiano puxou a dança do É o Tchan, num estilo personalizado.

Segundo tempo eletrizante e consagração de Robert
 
 A etapa complementar seguiu a mesma tônica do primeiro tempo e foi emocionante, as duas equipes se propuseram a jogar um bom futebol.
    O Palmeiras voltou para o segundo tempo marcando melhor. Trancou o salão de danças para o Peixe e passou a atacar. Como Marcos pediu. O volante Márcio Araújo entrou no lugar do lateral-direito Eduardo, e o Verdão bloqueou as descidas de Neymar pela esquerda. Os jogadores do Peixe já não tinham mais tantos espaços para bailar.
  
Robinho, apagado desde o primeiro tempo, não pegava na bola. Ganso, que fez um bom primeiro tempo, até ameaçou quando arriscou um chute da intermediária, logo aos três minutos, e obrigou Marcos a fazer grande defesa. No mais, o Verdão era bem mais perigoso. Diego Souza, agora mais calmo, incomodava a defesa santista em chutes de fora. Mas foi de cabeça, aos 11, que ele virou o jogo para o Verdão. Em cobrança de falta da direita, a bola foi desviada no meio do caminho e bateu na trave. Na sobra, Diego Souza completou de cabeça.

E tome dancinha. Diego Souza comandou a coreografia, jogando as mãos para o alto e pedindo para seus companheiros acompanhá-lo. Já tinha virado provocação.
A partir de então o clássico na Vila ficou mais aberto do que antes, o Santos em busca do empate pressionava o Verdão que, por sua vez se fechou atrás aproveitando os espaços oferecidos pelo rival. Mas foi o Peixe que chegou à igualdade, o iluminado Madson que entrou na segunda etapa recebeu passe açucarado e tocou por debaixo das pernas de Marcos. Para não perder o costume mais dancinha, primeiro Madson saiu imitando um porquinho, mas depois Neymar o chamou para a dança.

E esta foi a última aparição do jovem santista, após perder a bola Neymar entrou forte em Pierre e, foi expulso da partida, mesmo assim ainda teve seu nome gritado pelos torcedores na Vila.
   Encontrando espaços para jogar o Palmeiras foi em busca da vitória, e em mais uma bobeada na saída de bola santista o Verdão aproveitou, Robert o cara da tarde arriscou um chute da intermediária e para a alegria dos alviverdes mandou a bola no ângulo do goleiro Felipe que, ainda tocou na bola, mas nada pôde fazer. Vitória do Verdão no clássico e o Paulistão fica mais eletrizante ainda.

As duas equipes voltam à campo no meio de semana, ambos pela Copa do Brasil e, curiosamente em Belém. Na quarta, o Palmeiras enfrenta o Paysandu, um dia depois o Peixe encara o Remo.


Ass.: Cido Portal: Fut-Interativo