Vasco atropela Flu e só depende de si para ir às semis
Cruzmaltino joga bem, derrota rival por 3 a 0 e segue vivo na Taça Rio
Na base do tudo ou nada o Vasco entrou em campo hoje para enfrentar o rival Fluminense num estado emocional totalmente diferente, na base da garra e mais disposto em campo, o Cruzmaltino foi melhor e venceu o tricolor das laranjeiras por 3 a 0, gols de Thiago Martinelli, Dodô e Fágner.
A vitória faz com que o Gigante da Colina renasça na competição, após jejum de vitórias e demissão de Vagner Mancini, os três pontos faz com que o Vasco ressurge, e sobe para 12 pontos no Grupo B, na segunda posição, o líder da chave ainda é o Botafogo que joga nessa segunda, contra o Boa Vista, e pode praticamente assegurar sua vaga. Já o Fluminense, no grupo A, estaciona nos 16 pontos, três a menos que o líder Flamengo, mesmo com a derrota, o tricolor está bem encaminhado com sua classificação.
No comando interino do Vasco, Gaúcho após a vitória foi homenageado pela torcida que compareceu ao Maracanã, a vitória ameniza o clima tenso na Colina e, pode animar o Cruzmaltino nessa reta classificatória da Taça Rio.
Sem poder perder o jogo, o Vasco se preocupava em não sair atrás do placar e só se arriscava no ataque "na boa". Sem tanta necessidade de vencer, o Fluminense trabalhava a bola no campo de ataque, mas não era incisivo. Com as duas equipes em ritmo lento, a primeira etapa não podia terminar de maneira diferente: 0 a 0.
Bem postado na defesa, o Vasco deixava o Tricolor trocar passes nos minutos iniciais, enquanto esperava espaços para se aventurar no campo ofensivo. Quando isso aconteceu, utilizou a sua principal arma: Philippe Coutinho. Aos oito, o jovem de 17 anos aplicou lindo drible em Cássio e foi derrubado na entrada da área. Nilton desperdiçou a cobrança de falta.
Com a área cruzmaltina congestionada, o Flu passou a arriscar passes longos. Estratégia que não deu certo. Aos 13, problema para o Vasco: Jéferson sentiu lesão na coxa e foi substituído por Carlos Alberto. A entrada do meia fez o time de Gaúcho apostar ainda mais no contra-ataque. E foi desta forma que quase abriu o placar, aos 17.
Philippe Coutinho partiu em velocidade, gingou para esquerda, para a direita, deixou Leandro Euzébio tonto e foi desarmado por Everton. O volante tricolor, no entanto, roubou a bola com um chutão para o campo de defesa e quase marcou contra. Rafael salvou.
Quatro minutos depois, mais uma boa oportunidade em jogada individual: Carlos Alberto balançou o corpo na entrada da área e chutou com perigo. A essa altura, o Flu seguia com maior posse de bola, mas pecava na falta de criatividade. Conca estava apagado, e Diguinho resolveu tentar armar o jogo.
Na primeira jogada, o volante foi feliz. Aos 27, ele puxou para o meio e deixou Alan em boa condição dentro da área. O atacante chutou cruzado e tirou tinta da trave direita de Fernando Prass.
O lance animou o Tricolor, que assuntou também aos 30, em chute prensado de Mariano que passou por cima do travessão.
Jogador mais objetivo em campo, Coutinho tentava chamar a responsabilidade e forçou boa defesa de Rafael em conclusão de longe, aos 32. Apesar da disposição de alguns jogadores, a partida seguia em ritmo lento, e os tiros de longa distância foram o retrato de um primeiro tempo morno, que em nada justificou o valor decisivo do clássico.
Com mais vontade, Vasco vence e respira
Sem outra opção, o Vasco voltou para o segundo tempo disposto a atacar. Com Carlos Alberto, Philippe Coutinho e Elton, a equipe da Colina aplicou uma verdadeira "blitz" até conseguir abrir o placar. A primeira boa chance foi de Elton, aos cinco, com bonito voleio da entrada da área. Depois, Coutinho e Souza também arriscaram, mas foi um zagueiro o responsável pelo gol do alívio.
Aos 13, Philippe Coutinho cobrou escanteio, e Thiago Martinelli desviou na pequena área para vencer Rafael. A torcida do Vasco ainda comemorava quando Fernando Prass foi obrigado a trabalhar. Alan emendou da entrada da área e parou no goleiro vascaíno.
Mesmo em desvantagem, o Fluminense não acelerava as jogadas e demonstrava passividade. Aos 25, Coutinho, abusado, mais uma vez assustou. Ele driblou dois e bateu forte por cima do gol. Dois minutos depois, um raro lance de perigo do time de Cuca. Conca soltou uma bomba em cobrança de falta, e Titi colocou a cabeça para interceptar a jogada.
Aos 32, Rafael Carioca quase acordou o Tricolor. O volante cruzmaltino recuou errado para o goleiro e deu um presente para Alan, que chutou sem direção. O esboço de reação, entretanto, teve ponto final aos 35, quando Leandro Euzébio fez falta em Dodô, recebeu o segundo amarelo e foi expulso.
Entregue, o Fluminense só esperou a partida acabar e viu ainda o próprio Dodô ampliar, aos 42. O artilheiro dos gols bonitos recebeu passe em velocidade, deixou Gum para trás, tocou por baixo de Rafael e devolveu o poder ao Vasco, que segue vivo na Taça Rio. Fagner, aos 45, ainda deu o golpe final, em chute cruzado após passe de Carlos Alberto. Nada como um clássico para mudar calmaria de lado
Ass.: Cido Portal: Fut-Interativo
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